domingo, 27 de março de 2011

  • ÁRVORES - É notável no homem a tendência para conhecer o futuro, por intermédio das forças misteriosas na natureza, ou como tais supostas, recorrendo muitas vezes à charlatanice para explorar os ingénuos.
  • CABELOS - Existiam mulheres que ofereciam as cabeleiras aos santos, como o fim de recuperar o amor dos seus maridos. Homero, Ilíada, conto XXIII, descreve Aquiles a cortar a sua cabeleira para ser queimada na fogueira fúnebre de Pátroclo.
  • CASAMENTO - Ainda hoje, diz o Abade de Baçal, em algumas terras bragançanas, quando uma mulher vai a casa de outra com demora de alguns dias, é sinal de grande estima a ama da casa entregar à recém-vinda a chave da despensa, onde se guarda a provisão dos mantimentos para consumo e encarregá-la da sua administração.

    Vejamos: quem é que olha para o colega do lado que distraidamente está com um colarinho da camisa fora da camisola e, para além de lhe parecer patético, se lembra da questão: “estás a pedir alguém em casamento?” E se ele estivesse a pedir alguém em casamento? Bem... então, no decorrer do período de namoro, o par enamorado não poderia apadrinhar o casamento de outros e o nosso colega teria de recorrer à sua memória, e perguntar a si mesmo, se alguma vez teria experimentado alianças de casamento de alguém, ou se alguma vez se tinha sentado ao canto de uma mesa ou mesmo se numa outra vez, distraída ou propositadamente, lhe tinham varrido os pés.
    Se mesmo assim resistisse a todas as crenças e persistisse com a ideia de casar, alguém teria de lhe oferecer um saco para colocar diariamente o pão. Se houvesse irmãos, teria de ter em conta que dois (duas) irmãos (irmãs) não se devem casar no mesmo dia, porque a felicidade pode “fugir” para um (a) deles (delas). Não se deveria casar ao meio-dia, porque é a hora em que o diabo anda à solta. Também não poderia ver a noiva no dia do casamento salvo aquando da cerimónia, sabendo apenas que esta não deveria usar ouro, devia sim, e neste dia, usar uma jóia da alguém que tenha vivido feliz, usar uma liga azul, uma coisa usada e outra emprestada, ou uma coisa nova e uma coisa velha.
    Se tudo corresse “como manda o figurino” ainda tinha de levar com arroz em cima e  oferecer lembranças de agradecimento aos convidados que enfeitariam grosseiramente o seu carro!
    Finalmente, chegaria àquela que seria a sua futura casa (mesmo que não fosse naquela noite) e teria de “carregar” com a noiva ao colo e deparar com uma cama genialmente preparada, isto é feita “à espanhola” e com uns grãozinhos de açúcar na mesma, para adoçar o final da história que simbolizaria o princípio de uma outra e nova etapa da vida... o matrimónio.
    Lua-de-Mel parece fugir às superstições e lembra-se apenas que surgiu na antiguidade com este nome porque quando os casais se casavam e iam para casa na noite de núpcias, os vizinhos e parentes desenhavam uma lua com mel na porta da casa para dar sorte.
  • ESPIRROS - Os romanos já tinham uma saudação dirigida aos que espirravam equivalente ao nosso – Dominus tecum – Para o céu, segundo muitos dizem, como se vê em Apuleio. O nosso povo diz que a saudação – Dominus tecum – Deus esteja contigo, proveio de uma epidemia que matava repentinamente. Em face dos agouros nefastos atribuídos aos espirros, é de supor que a lenda da epidemia derive de crendice.
  • FEITICEIRAS - Têm uma fórmula e untura para se tornarem invisíveis, marcharem para onde querem ou se transformarem noutros animais.

    O povo tem vários remédios contra feitiços, entre os quais se conta a figa, ou seja, o phallus (membro viril entre os Gregos), correspondente ao Deus Príapo entre os romanos.
  • FOGUEIRAS - Em imensas localidades do Nordeste Transmontano, faz-se fogueira na quadra de Natal que dura quatro dias ou mais.

    Nas noites de São João e São Pedro queima-se marrolho, rosmaninho, uma erva que se cria na primavera no secadal dos lameiros e dança-se à roda das fogueiras, cantando loas aos ditos santos.
  • FUNERAIS (CULTO DOS MORTOS) - Em determinadas aldeias há jantaradas nos enterros e funerais que correspondem a autênticas necessidades, pelo menos nas aldeias. As pessoas vêm de longe e nas aldeias não há onde dormir.

    Noutras  localidades há beberetes de comes e bebes, de pão e vinho.
    O culto aos mortos (mais precisamente dos que se encontram no Purgatório) foi estabelecido pela Igreja católica com o nome de Finados.

    É comemorado no dia 2 de Novembro de cada ano, logo depois do dia de Todos os Santos (1 de Novembro).

    No início não se comemorava nos cemitérios. Só com o tempo é que a festa evoluiu e se fez acompanhar com velas e flores nos cemitérios.

    O culto dos mortos existe em quase todas as culturas do mundo. Até nas que nunca ouviram falar umas das outras!

    Em Portugal e noutros países da Europa, o Dia de Finados é celebrado com tristeza, pois recordam-se as pessoas de família e amigos que já morreram.

    As pessoas vão aos cemitérios, deixam ramos de flores nas campas e acendem velas para iluminar os falecidos no caminho até ao Paraíso e mandam rezar missas em seu nome.

    As flores que se põem nas campas são, por tradição nesta altura do ano, os crisântemos.

    O terramoto de 1755, aquele enorme que houve em Lisboa e que matou milhares de pessoas, foi no dia 1 de Novembro!

    Mas existem países em que o Culto dos Mortos é comemorado de uma maneira completamente diferente. Por exemplo, no México, que também é um país católico, fazem uma festa enorme e alegre!
  • JUDEUS - Era comum fazer aos judeus a acusação de abafarem (matarem) seus doentes, sem esperança de cura, para lhes abreviarem o sofrimento.
  • LOBISOMENS - Sendo a lenda popular bragançana, nascem com o fadário de lobisomens os filhos gerados em sexta-feira santa e os de compadre e comadre. A crendice no lobisomem já o paganismo a mantinha, atribuindo-a, porém, aos membros de uma família que andavam durante nove anos transformado em lobos, readquirindo no fim deste tempo a personalidade humana. O povo, perdido o conhecimento das coisas, explica-as a seu modo por ideias correntes no seu tempo e muitas vezes juntando-lhe elementos de outras lendas.
  • LUA - A lua é muitas vezes encarada de forma negativa - O que talvez se deva ao facto de, ao contrário do Sol, não gerar luz, antes a reflectir. A variação aparente da sua forma permaneceu durante muito tempo misteriosa... Também se especulou muito sobre a influência indecifrável que este satélite da Terra exercia sobre as mulheres, o humor dos indivíduos (até provocar a loucura, pretende a lenda), o movimento das marés...

    Princípio - A selenologia, ou estudo da Lua, afirma que o quarto crescente favorece tudo o que cresce, quer se fale de empreendimentos, da cultura da terra, da felicidade ou de infelicidade (até à lua cheia, incluindo essa data); o quarto minguante é favorável a tudo o que declina e se fortalece do interior (as colheitas...). Cortar o cabelo ou as unhas, praticar uma sangria ou um purgante: todas estas operações estavam outrora sujeitas às datas das fases da Lua.

    Influência sobre os animais - Em Espanha, outrora, evitavam-se cuidadosamente os períodos de lua cheia para matar um porco; na verdade, temia-se que a carne se deteriorasse rapidamente e que se tornasse impossível conservá-la. Além disso, consta que os bezerros e os cordeiros concebidos durante esta fase não sobrevivem ou dão origem a partos difíceis.

    A linha da Lua - De noite, quando a Lua está visível, o seu reflexo desenha no mar uma lima por cima da qual os pescadores irlandeses evitam passar.

    O halo da Lua - Este halo, quando aparece, anuncia chuva.
  • MALMEQUER - Falamos no desfolhar do malmequer pelos namorados para saber se um deles tem ou não amor ao outro. Tal usança já vem do paganismo que, para isso utilizava a flor da papoila, colocando na mão fechada e batendo com a outra em cima. Conforme o estalo da flor, era grande, pequeno ou nulo, assim significava o grau de amor.
  • MANDRÁGORA - Apuleio também a menciona, dizendo que «o soporífero da mandrágora é famoso pela modorra que causa e eficaz para produzir um sono semelhante à morte».
  • MOCHO - É tida como uma ave agourenta, nocturna, núncia de infortúnios, que os romanos procuravam apanhar quando entrava em alguma casa, pregando-a nas portas, «para expiarem por seu tormento as desgraças de que ameaçavam as famílias com os seus nefastos voos».
  • OLHAR PARA TRÁS - Nas crendices populares, encontra-se a de não olhar para trás ao marchar, depois de praticados certos actos de terapêutica medicinal.
  • PÉ ESQUERDO - Entrar em casa com o pé esquerdo, é mau agoiro. Nos templos gregos, a escadaria para subir ao altar tinha três degraus. Os romanos nem sempre observaram esse cânone e limitavam-se a construí-las com um número ímpar de escalões, em obediência à crendice de entrar em casa com o pé direito, visto naturalmente iniciar-se a subida com esse pé, dando em resultado ser ele o do ingresso na casa.
  • PREGOS NAS PORTAS - Os romanos cravavam nas portas pregos arrancados dos sepulcros, ou colocavam nelas o phalus, para afugentar de seus jardins malefícios e ladrões.
  • CULTO DA PEDRA
  • PROCISSÕES - As procissões vão tornar-se um aspecto importante da atitude devocional que se afirma a partir do séc. XIII. Às primitivas práticas mágicas colectivas, contrapõe-se a alteração das mentalidades, que procura afirmar a individualidade religiosa. A proliferação e afirmação das múltiplas devoções neste século, com maior expressão no culto dos santos e das relíquias associadas, bem como nas inúmeras invocações da Virgem Maria, do Espírito Santo e da Cruz, assim como as peregrinações a locais considerados especialmente santificados, vão assumir grande importância na vida cultural e religiosa, dando-nos, desta forma, o registo da diferença de atitudes perante o catolicismo.

    Estas modificações revelam-se primeiramente no espaço urbano, mais permeável às alterações de mentalidades. E as procissões, enquanto manifestações extra litúrgicas que aliam o sagrado ao profano, contribuíram para essa alteração.

    Ligadas ao aparecimento das ordens mendicantes, com especial relevância para os franciscanos, que, de forma pedagógica, procuravam ilustrar e explicar os mistérios da fé católica às populações. As suas encenações do presépio, da via sacra e de episódios sagrados, assumiram-se, durante muito tempo, no instrumento mais eficaz para explicar e difundir a religião católica. A teatralidade inerente a estes actos, afirmava o carácter de festa ligado às procissões, onde o povo e também a nobreza dominavam os espaços, através da imposição dos seus elementos distintivos. As insígnias das várias hierarquias sociais, e das diferenciações entre elas, tinham um lugar importante nas procissões, seguindo um protocolo onde cada uma tinha seu lugar. A cultura popular introduz também os seus elementos, tais como gigantes, serpentes e outras manifestações simbólicas do imaginário popular. E é também uma forma de afirmação da legitimidade dinástica, utilizada por D. João I, que introduz S. Jorge na procissão do Corpo de Deus. Durante séculos, as procissões são os grandes acontecimentos sociais em Portugal.

    As procissões obedecem a determinados rituais, sendo frequente ainda as autoridades e individualidades locais irem no Pálio. São muito conhecidas as Procissões das Velas que se realizam um pouco por todo o país.
  • RAIO - Não muita gente que não tenha respeito aos raios, faíscas e relâmpago e não pronunciam nada de bom.
  • CULTO DA SERPENTE - A serpente é um símbolo de sabedoria para filósofos, alquimistas e sacerdotes. Representa o cúmulo de conhecimento conseguido através dos tempos e a reciclagem constante nas suas infinitas trocas de pele. Tem o poder de matar e curar com o mesmo veneno. A serpente mais velha de todas é Satã, que, segundo a versão bíblica, enfeitiçou e seduziu as duas primeiras criações humanas divinas.
  • SONHOS - Sonhar que se é açoitado, degolado ou com tristezas que fazem chorar, anuncia sorte, fortuna; pelo contrário, sonhar com risos, comidas deliciosas, comezainas, amores, é indício de contrariedade e desgostos.
  • TABUS - São preceitos considerados religiosos ou supersticiosos que envolvem conceito de imoralidade para quem os transgride, atraindo, além disso, infortúnio sobre os transgressores.
  • TOTETISMO
  • VARINHA DE CONDÃO - Varinha mágica é um instrumento muito usado pelos bruxos; para estes, é como se fossem uma extensão dos dedos e simboliza o controle do poder. É também conhecida como bastão (magia).

    Geralmente é feita de madeira ou marfim, mas pode ser feitas de outros materiais dependendo do seu fim, como mogno, teixo, salgueiro, entre outras. Uma grande parte dos bruxos faz sua própria varinha mágica, ao invés de comprá-la, pois acreditam que assim estarão "incorporando seu poder" a ela.
• Sexta-feira 13

Acredita-se que essa crendice tenha se originado de duas lendas nórdicas. Foi organizado em Valhalla (morada celestial das divindades) um banquete para 12 convidados. Porém, Loxi (espírito do mal e da discórdia) apareceu sem ser convidado e armou uma briga que ocasionou a morte de Balder, o favorito dos deuses. O número ficou marcado como símbolo do azar. 

Já a segunda lenda tem como protagonista a deusa da beleza e do amor, Friga, cujo nome deu origem às palavras friadagr e Friday, “sexta-feira” em escandinavo e inglês, respectivamente. Quando as tribos nórdicas se converteram ao cristianismo, a deusa foi transformada em uma bruxa que se exilou no alto de uma montanha. Com o intuito de se vingar, Friga passou a se reunir todas as sextas-feiras com outras 11 feiticeiras, mais o próprio Satanás, num total de 13 participantes, para rogar pragas sobre a humanidade. 

• Ferradura

Segundo registros, o objeto já era considerado um amuleto poderoso na Grécia Antiga. Em primeiro lugar porque era feito de ferro, elemento que os gregos acreditavam proteger contra todo mal. E seu formato lembrava a Lua crescente, símbolo de fertilidade e prosperidade. Já os cristãos europeus acreditavam que sua origem se deve a São Dunstan de Canterbury, arcebispo inglês conhecido como grande estudioso da metalurgia. Diz à lenda que, Dunstan teria posto ferraduras no demônio e somente as retirou após ouvir a promessa do diabo de que nunca mais se aproximaria do objeto. 

• Escada
 

Nunca passar por debaixo de uma escada, pois ela é a imagem da subida, do acesso social, da elevação. E passar por debaixo do que se eleva é simbolicamente renunciar, afastar-se do que progride, vence. Resultando na perca da boa sorte. 

• Gato preto


Essa superstição teve origem na Idade Média, quando se acredita que os felinos, devido a seus hábitos noturnos tinham pacto com o demônio, principalmente se o bichano fosse de cor negra, pois essa cor era associada às trevas. 

• Bater na Madeira 
Essa superstição está associada à crença de que as árvores eram a morada dos deuses. Sempre que se sentiam culpados de algo, batiam no tronco para invocar as divindades e pedir perdão. Costume ligado a povos primitivos pagãos. Os celtas, também tinham um costume parecido. Seus sacerdotes, os druidas, batiam na madeira para afugentar os maus espíritos, pois acreditavam que as árvores consumiam os demônios. 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Crendices gerais
  • Comer frutas com grãos no Ano Novo (uva, romã, etc) para ter sorte e fortuna durante o ano todo que está começando
  • Ferradura atrás da porta afasta o mau olhado
  • Sal no fogo afasta visitas
  • Varrer os rastros de uma pessoa afasta-a para sempre
  • Derramar açúcar traz sorte
  • Quando o grilo canta dentro de casa é sinal que se receberá dinheiro
Crendices e superstições ligadas a namoro, noivado e casamento
  • A jovem que pega o buquê da noiva será a próxima a casar
  • Varrer os pés de moça solteira, não casa naquela ano
  • Moça que abre sombrinha dentro de casa fica "para titia"
  • Quando a fumaça do cigarro forma um círculo é por que a pessoa amada está pensando na outra
Ligadas à gravidez, ao nascimento ou recém-nascido
  • Não deve pular cerca, senão a criança nascerá aleijada
  • Quando a grávida tem desejo e não é atendida, a criança nasce de boca aberta ou fica "babão", e quem não atende fica com terçol
  • Criança que ri dormindo está sonhando com os anjinhos
  • Para passar soluço do nenê, deve-se colocar na testa do mesmo um fiapo de lã, de preferência vermelho; colar com a saliva da mãe
Superstições gerais
  • Xícara virada com a boca para baixo atrasa a vida
  • Chinelo ou sapato virado provoca a morte da mãe
  • Enrolar as meias enrola a vida
  • Espelho quebrado dá sete anos seguidos de azar
  • Varrer a casa à noite atrai desgraças
  • Apontar para as estrelas faz nascer verrugas nos dedos da mão
A Lua
A grande maioria de nossas crendices herdamos de Portugal, onde o povo - apesar de religioso - acredita em muitas coisas que a lógica ou a racionalidade não explicam. No meio rural é crença generalizada que a lua tem influência direta em toda a atividade humana, especialmente na lavoura, na pecuária, no clima, nas chuvas e até mesmo na vida do homem. Para quem lida com plantações, as fases da lua devem ser cuidadosamente observadas. Exemplos:
Legumes de cabeça (repolho, alface e outros) devem ser transplantados na minguante e as folhosas (couve, radiche, espinafre, etc) na nova.
Quem cria aves deve cuidar para que o nascimento dos pingos não ocorra na minguante. Se forem colocados no "choco" na minguante, os ovos "goram" e perde-se a ninhada. A influência da lua e das tempestades é neutralizada por um prego enferrujado ou pedaços de carvão colocados no ninho.
Para o cabelo crescer rapidamente deve ser cortado na nova, crêem alguns, outros acreditam que na nascente. É consenso que quem tem muito cabelo e não quer que cresça logo, deve corta na minguante.
Não se deve deixar as fraldas do recém-nascido no varal à luz do luar, pois este terá cólicas. Se isto acontecer, a mãe com o filho nos braços o mostra para a lua e reza esta oração "Lua, luar, me deste este filho e me ajuda a criar".

  • Não se deve costurar roupa no corpo de uma pessoa, por que essa pessoa pode morrer muito breve, "só se costura no corpo mortalha de defunto". Se for necessário, proceder a costura dizendo "eu te coso vivo e não morto".
  • Dormir com os pés virados para a porta da rua é agouro de morte.
  • Doente que muda de cabeceira na cama está às portas da morte.
  • Dormir sobre a mesa chama a morte.
  • Treze pessoas sentadas à mesa ocasionará a morte de uma delas, geralmente da última que chegou.
  • Cachorro que uiva à noite, coruja que pia em cima da casa, ou borboleta preta (bruxa) entrando na residência é sinal que a morte anda rondando alguém da família.
  • Para que um defunto não inche, deve-se colocar uima chave na sua mão.
Sobre doenças
  • Urinar contra o vento dá gonorréia.
  • A urina do sapo cega.
  • Mijar em cima de tijolo quente é bom para urina presa (anúria).
  • Uma ferradura afixada numa porta evita que a doença entre na casa.
  • encharcar um pedaço de pão com a saliva de cirnaça acometida de coqueluche e dando-o para um cão comer, a doença transfere-se para o animal.
Sobre mau-olhado, azar, olho-grande
  • Matar um grilo traz azar.
  • Matar um urubu atrasa a vida.
  • Um colar feito com sete cabeças de alho previne contra o mau-olhado.
  • É mau agouro colocar tições em forma de cruz no fogo.
Outros assuntos
  • Para obter um sono leve basta colocar sob o travesseiro um esporão de quero-quero.
  • Menino que brinca com fogo, mija na cama.
  • Urinar na água é o mesmo que mijar na cara da madrinha.
  • Botar sal no fogo é atraso na vida.
  • Cobra não morde mulher menstruada por que, se o fizer, morrerá.
  • Mulher grávida não deve portar uma chave no seio, pois se assim proceder, a criança pode nascer com lábio leporino.
  • Se a gestante apresentar a barriga arredondada, nascerá uma mulher; se mostrar-se pontuda, virá um homem.
  • Pendurando-se uma aliança em fio de cabelo da gestante, se o seu movimento for para a frente e para trás, virá um menino; se for lateral, nascerá uma menina.